segunda-feira, 16 de junho de 2008

- confissões de um filho único -


Desde o momento em que nascemos, estamos sempre caminhando em direção a nossa "independência"... quando o médico corta nosso cordão umbilical e que nos separa fisicamente do corpo de nossa mãe, começa nossa jornada em busca do que é ser auto-suficiente... aprendemos a falar e assim expressar nossas vontades sem depender da interpretação dos gugu-dadás e choros... aprendemos a andar e mesmo entre um tombo e outro vamos soltando as mãos de quem nos guia... outros iguais a nós aparecem em nossas vidas e vamos fazendo amizades e construindo outros relacionamentos que nos fazem não mais ser exclusivos desse relacionamento pais e filhos... tentamos estudar, tentamos trabalhar e quando conseguimos, damos mais um passo nos tornando financeiramente independentes... até o dia em que percebemos que tomamos conta da própria vida...e foi então que eu me dei conta de que quando tive minha vida em minhas mãos, quando tomei as rédeas do meu destino... isso já não me adiantaria de nada...pois o cordão umbilical foi restabelecido... dessa vez não só o cordão materno ... o cordão foi restabelecido com meus pais... e de uma forma inversa...virei pai de meus pais...quando consegui andar sozinho, tive que voltar, dar um passo atrás...e viver mais uma vez...dependente.

3 comentários:

Patrícia disse...

É lutamos para conseguir nossa independência, porem a certa altura de nossas vidas essa independência pode ser perdida, já que temos pessoas que precisam da gente.
Não sei se um passo para trás, mas isso nos coloca no papel de pais de nossos próprios pais, engraçado neh! Mas como negar isso às pessoas que nos colocaram no mundo e nos amou com tudo que podia?
Beijos a ti

:: Daniel :: disse...

Essa é a mesma sensação que eu tenho...

Mas temos os amigos. Pelo menos, esses a gente pode escolher a dedo para chamar de irmão.

Ludmila Prado disse...

a tal libertade sem seu real significado, sempre somos dependentes de algo, sempre estamos atrás de alguma coisa, afinal temos que dar alguma razão à nossa vida.

beijos

não some